Quase dez horas da noiteNum sítio perto do AmbôNo chão, sanfona e forróNo céu, a bela lua de hojeNo peito, a força do coiceQue a saudade vem dandoSó me resta ir lembrandoDe quem não está comigoNo frio, falta me o abrigoDo abraço de quem eu amo(Jefferson Moraes)13/07/2014Itapetim, Pernambuco.
BR 232Nessa BR dois três doisMuita gente vai e vemA estrada tem saudadeE quem passa nela tambémPois quem fica sente faltaE quem vai deixa em alguém(Jefferson Moraes)Arcoverde, Pernambuco
AçudeLembro me daquele açudeLá no sítio de tia MariaOnde a água refletiaMeu rosto com plenitudeLá estava a juventudeQue nunca mais reviviSó me restou, por fimA pior das crueldadesMe banhar com a saudadeQue a gente sente de si(Jefferson Moraes)10/09/2014Olinda, Pernambuco
SolidãoMais um dia cansado passou Não o culpo de está comigoMas hoje és o melhor amigoQue realmente me sobrouPode não acreditar, mas souAlguém ainda de compaixãoIndependente da ocasiãoSó nos sobrará um ao outroDe longe, pareço até soltoMas vivo preso a ti, Solidão.(Jefferson Moraes)Olinda, Pernambuco20/05/201
MINHAS SINASQueria ser a luz que brechaO ventilador que te assopraNo frio, ser tua água mornaPra depois virar tua cobertaE ir aquecendo tuas pernasNaquelas noites de preguiçaDepois abrir nossas cortinasE ser o florido do teu vestidoGuardando nos teus sorrisosA lembrança de minhas sinas
Tem gente que rir do meu sotaqueAchando que é melhor do que euSe esperteza fosse religiãoCom certeza esses seriam ateusQuem não reconhece uma riquezaNunca vai deixar de ser plebeuSou lá de Pernambuco a dentroOnde a poesia ergue seu liceuÉ a simplicidade matutaDemonstrando o seu apogeuSou mais Rogaciano LeiteDo que Caio Fernando de Abreu(Jefferson Moraes)27/06/2014Olinda, Pernambuco