Juliana Assis

Quis chorar e não pude, meu orgulho não me permitiu.Pouco a pouco acumulo as mágoas que se tornam um elo em mim.O intuito é romper,mas está difícil agora,quem sabe outrora

Não sou previsível, nem tampouco multi faces,não existe o "Eu" concreto, não há possibilidades de descrever me.É no abstrato que eu me acho, eu me generalizo,eu me simplifico e deixo de ser um processo particular.E sem querer, nele sei quem eu sou:Uma incógnita.

Por momentos desconheço quem sou Talvez por não ser meu em mim.
Talvez por sentir o que eu não queria sentir
Me criticam por não ser a mesma de sempre, como se fosse fácil ser igual em circunstâncias
diferentes.
A situação é perfeita quando no fim das contas você parece a sobra e fica com cara de resto mesmo.
Não era a mesma e não tem como ser definitivamente não tem
Não vou fingir ser quem eu não sou, apenas pra dizer que pareci ser o que não era e colou.
Que não vou me chatear depois, afinal, sendo quem eu fui já me chateei do mesmo jeito

Ainda parece estranho ter a certeza de olhar pro lado e não ver com frequência aquele amigo.Tudo ainda está estável mas não como no princípio.Minha cama e armário pouco a pouco se desfalecem.Momentos vividos que deixarão saudades e se tornam pensamentos, pessoas se tornam fundamentos.O riso é híbrido de dor e alegria mas embora nos separemos por hoje, tenho por certo que nos
reencontraremos pelas trilhas da vida qualquer dia.

Quando o conheci, não imaginei que seria a pessoa que me faria feliz,a que desejaria passar cada hora,minuto,centésimos de segundos de minha vida.Eu te vejo,ouço e sinto com a mesma intensidade do seu corpo e alma presentes.É loucura amar te,um amor onipotente.

Tem pessoas que chegam e bagunçam: mente, alma, corpo e coração.
Não sei se limpo de vez essa sujeira ou se me corrompo por inteiro.