Amor, velho amor Estás cheio das certezas alarmantes das juras, garantias de céu e de um eterno que existiu durante alguma manhã.
Podes matar me com elas e com apenas uma sangrar me em muitas partes.
Posso todo sangrar.
Se não mentes, suas verdades são feias, murchas como a rosa que já estando morta ainda espera cair.
Oxalá esta rosa conseguisse alcançar me ainda enquanto acompanhada do seu perfume, logo quando fora recém pintada sendo tão atraente para mim como para as abelhas.
Mas não conheço a tua primavera.
Ó amor, estas mesmas verdades, as mais puras verdades, não se despem pra mim, não repousam, nem se entregam.
Ficam recolhidas ali, enfrentando os cantos de parede.
Perturbadas de receios.
Sem argumentos.
E sendo eu o teu hospedeiro, deus de incompreensível julgamento; traio a mim por sentir me atraído para ti.
O que ainda não me tornei por tanto considerar te
Não me domino.
Sigo enganado.
Resta me tentar os dias, ignorante ao próximo momento em que vais sangrar me.