Então olhei de novo para toda a injustiça que existe neste mundo.
Vi muitos sendo explorados e maltratados.
Eles choravam, mas ninguém os ajudava.
Ninguém os ajudava porque os seus perseguidores tinham o poder do seu lado.
Por isso, cheguei a esta conclusão: aqueles que morreram são mais felizes do que os que continuam vivos.
Porém mais felizes do que todos são aqueles que ainda não nasceram e que ainda não viram as injustiças que há neste mundo.
Também descobri por que as pessoas se esforçam tanto para ter sucesso no seu trabalho: é porque elas querem ser mais do que os outros.
Mas tudo é ilusão.
É tudo como correr atrás do vento.
Dizem que só mesmo um louco chegaria ao ponto de cruzar os braços e passar fome até morrer.
Pode ser.
Mas é melhor ter pouco numa das mãos, com paz de espírito, do que estar sempre com as duas mãos cheias de trabalho, tentando pegar o vento.
Descobri que na vida existe mais uma coisa que não vale a pena: é o homem viver sozinho, sem amigos, sem filhos, sem irmãos, sempre trabalhando e nunca satisfeito com a riqueza que tem.
Para que é que ele trabalha tanto, deixando de aproveitar as coisas boas da vida Isso também é ilusão, é uma triste maneira de viver.
É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais.
Se uma delas cai, a outra a ajuda a se levantar.
Mas, se alguém está sozinho e cai, fica em má situação porque não tem ninguém que o ajude a se levantar.