Estive pensando na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro.
É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa época.
Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura.
De que serve construir arranha céus se não há mais almas humanas para morar neles.
( ) É indispensável trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria também triste e sem beleza.
Precisamos, entretanto, dar um sentido humano às nossas construções.
E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.