ERAM NOITES DE PIRILAMPOS
Era um baião de dois
Eu mais você
O verso e reverso
Água de moringa
Galope de dez mil léguas
Eu de pardo, era agora todo
esbranquiçado de poeira
Pegava do bojo, sacava a viola
e descosturava um repente
Eu era o rei das quermesses
Um poema com nada de hipérboles,
sem metáforas e nem superlativos.
Ganhei vosmecê com muita prece.
E, confesso, nunca soube o que era isso
Fazer poema é bonito, mas difícil.
E com a noite descia a lua,
e no nosso quarto morava o paraíso