Feito o pescador também é o poetasentado às margens dos rios de versosesperando o fisgado das palavraspara pescar entrelinhas.
Num toque teu, ti fiz casa,E me destes tanta vidaA borboleta tatuada em meu pé,bateu asas.
O aroma da partidaFaz me desnudarCubro me de saudade!
SaudadeSaudade é uma coisa que mora dentro de gentee vive tentando uma fuga para acontecer novamente!
O poeta tenta agarrar a poesiaQue abortada pelo choroNão se deixou riscar pelo grafite.
O tempo jamais se repete nocarrossel da vida,mesmo que a cena nos pareçaconhecida, o momento é outro,outra rotação e outra emoção!
O caminhar da vida às vezes em descompassome fez ver a profundidade do olharE lá existem lágrimas!