Veio me a vontade de dizer outras palavras, com o fito de expressar quatro coisas sobre o meu estado e que eu ainda não tinha manifestado.
A primeira é que eu me amargurava muitas vezes, quando a minha memória induzia a minha fantasia a imaginar as mutações que o Amor produziria em mim.
A segunda era que o Amor, muitas vezes, me possuía tão fortemente, que outra vida não restava em mim senão o pensamento que falava dessa mulher.
A terceira é que, quando essa batalha amorosa se travava dentro de mim desse jeito, eu ia ficando cada vez mais pálido à procura dessa mulher, certo de que haveria de tomar o meu partido, ao assistir o semelhante em combate _ mas eu me esquecia o que acontecia comigo toda vez que me aproximava de tanta graça.
E a quarta coisa é que esta visão não só não resultava em meu favor, como, ao contrário, acabava, em definitivo, com o sopro de vida que ainda me restava.
Disse então o seguinte soneto:
Perversas qualidades dá me o Amor