Digo olá,
mas não vou dizer que está tudo bem por aqui, como de costume.
Me senti presa hoje, mais uma vez.
A solidão me aprisionou.
Não tenho o costume de ficar só, e quando fico sinto me apunhalada pelas costas, como se tivessem cortado uma parte da minha asa para me impedirem de voar livremente sentindo o frescor da água e o cheiro das pétalas das mais lindas flores.
É normal sentir que tudo está doce e com o tempo o doce vai enjoando e ficando amargo.
Tem pessoas que enjoam por estarem sempre com companhia.
Mas as borboletas, bem Pra nós é totalmente o oposto.
Pelo menos pra mim.
Não gosto dessa coisa de solidão, na verdade gosto.
Mas a solidão se torna inaceitável quando sempre está lado a lado comigo.
E vocês Os seres humanos, tão cheios de atitude, mas tão insensatos.
Amam, sofrem, mas continuam amando.
Erram e na maioria das vezes continuam errando.
Tão sós, tão amados e odiados.
Queria que você me entendesse, sou sem companhia e tenho arranjá las aqui.
Embora com tantas diferenças, queria poder fazê los compreender o poder dos sentimentos de uma borboleta.
Embora pequena, eu sinto.
Embora sozinha, sou livre.
Talvez você perceba isso antes mesmo de eu explicar.
Ou depois mesmo de sentir a liberdade voando entre cada palavra que você lê.
Me sinto presa.
Mas sou livre.
Ou pelo menos é o que eu tento aparentar.
Vou tentar continuar, descobrindo o mundo por aí.
Um sopro de liberdade e ternura,
Borboleta.