NóEstou perdidamente emaranhadaem seus fios de delícias e doçuras.Já não encontro o começo da meada,não sei nem mesmose há uma ponta de saída,ou se a loucuravai num ritmo crescenteaté subjugar a minha vida.Não importa.Quero seus nós de sedacada vez mais cegos e apertadosa me costurar nas malhas e nos pêlos.Enquanto você me amarra,permanece atadona própria trama redonda do novelo
RetiradaRespeite o silêncioa omissão,a ausência.É meu movimento de deserção.Abandonei o posto,rompi a corda,desacreditei de tudo.Cansei de esperar que finalmente um dia,minha fotografiafizesse jus ao seu criado mudo.
Festa chega ao fim.Beijos sobram na bandeja.Todos de amendoim!
Pois que vivernão é entrar no mar onde dá pé,mas mergulhar com fé no maremoto.
O canteiro assiste:a antúrio, falso perjúrio,pões o dedo em riste.
A estrela cadenteteima, se enrosca, se queima.Quer o sol nascente.
Urge a maritaca.Desafia a paz do diaa golpes de faca.