Como poderia imaginar que depois de anos o que fora partida tornar se ia encontro, não marcado, mas predestinado, previsto na janela do tempo.
Parafraseando Caio Fernando Abreu: ”O que tem de ser tem muita força”.
É tipo não poder afirmar categoricamente, dessa água jamais beberei porque por mais que nossos atos sejam determinantes há sempre algo que nos escapa, foge do nosso controle.
Você pode fazer planos de viajar por outros ares e no percurso, ou antes, de concretizar a idéia, haver uma mudança brusca que te leve a outro lugar e lhe apresente ‘o chamado: inesperado’, exteriormente, porque no recôndito, no fundo, fundo mesmo, há infinita espera, ainda que inconsciente, perdido, esquecido, guardado ou adormecido em algum lugar, talvez em gavetas de desistências.
Há coisas que não valem à pena persistir e há coisas que não são permitidas, porque vieram desencontradas, ou nem tanto assim, visto que tudo tem o momento certo.
Porventura, todos os caminhos por quais trilhamos, estão traçados na palma das nossas mãos, e, quiçá, marcados nas calçadas invisíveis do espaço que se cruzam e por vezes se entrelaçam em tantas outras.
Num emaranhado algumas dão nós, outras se tornam laços, feitos e desfeitos.