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Zildo De Oliveira Barros

A esposa e a amante do Zé bosta
A esposa linda e bela quase sempre sem aquarelas vê o marido a passar! De chinelos e pés descalços vê ali o seu amado a barriguinha a mostrar, no dia a dia se enxergam sem a casca que tão bela, que a amante o vem avistar, sempre arrumado e cheiroso, parece delicioso a sua sorte a mostrar, mas nas madrugadas frias, quem cuida da tosse que chia, é a esposa a o amar, dos peidos e tantos enjoos, ela ali não sente nojo e já chegou a o limpar, mas a amante cheirosa, só o vê cheio de prosas, nos momentos a se amar! Queria que a noitinha no lar dos dois ela entrar, aí veria a verdade, o cara que é bondade, a realidade a mostrar, um grosso e sem dinheiro, para a família inteira é um zé bosta a passar, mas para a doce amante ele é tão elegante e sabe o bem amar, a esposa que se arranje que se vire com as crianças, não tem tempo para o lar, pois o tempo que lhe sobra sai com a amante gostosa, que já destruiu o seu lar, e o zé bosta contente achando que é ser gente, aos amigos se vangloriar.
Mas se esquece que a amada, aquela da sua estrada, das alianças a se trocar, pode em qualquer momento achar um outro pão bento e nele se agarrar, aí o besta desilude e acha que o absurdo foi ela então um par de chifres na sua testa instalar, aí se sente apaixonado, não pode a mulher abandonar, enfim o zé abestado entendeu o seu recado e agora quer a esposa amar! Precisou vir outro corpo, outro cheiro outro rosto, para a esposa valorizar, assim é quase a metade dos que se acham em verdades a sua esposa chifrar! Mas que fique meu recado, ela conheceu outro caldo e pôde até comparar, deixe as orelhas de molho, de comedor e gostoso pode um chifrudo virar
(Zildo De Oliveira Barros)

Boa tarde!
Eu e minha amiga, amiga de verdade, conhece minhas saudades, conhece o meu viver, doada por um amigo, um pássaro já tão antigo, trouxe eu de outro viver, cruzei mares, serras e altares, mulheres e tanto prazer, guerras, batalhas vencidas, da morte fui tão amigo, varias vezes abraçados choramos e rimos, são vidas a se enternecer, se hoje ocupo este corpo, amanhã eu terei outro, e a pena a me valer, por isto somos amigos! A pena não trai o amigo, um outro iremos ser
Pena! Que pena
Voaste tu por tanto tempo, e tantas noites ao relento, aqui tu veio a pousar, da doação do amigo, um belo pássaro antigo, que não cheguei a avistar! Mas o trago entre os dedos, e quando no meu tinteiro tu entras a se molhar, e dos pingos que respinga aqui as manchas de tintas faz corações se chorar, homens que tanto vagueiam corações partidos ao meio, mulheres a se amar, de tudo já escrevestes, do açoite de uma noite a um dia a brilhar! Falou do menino pobre, da seca que vem do norte, do mendigo a vagar, falou daquela mocinha que numa tarde sozinha, numa estrada pequenina, o poeta a abandonar, pois o poeta não tarda, mas não conhece a enxada, não sabe só trabalhar! Mas por você carpiria, por noites trabalharia se tu voltasses a ficar, moça bela e faceira tantas lindas por inteira saiu do seu rastejar, da natureza tão bela fez tu tantas aquarelas, pantanais a se mostrar! Mas o poeta e as rimas eu acho que são só primas, pois vive por entre amores o poeta a se chorar, sabes bem ó minha pena, que primos nunca podem se casar! E se não fosses por ti, pena leve e ligeira, o poeta que rasteja nos rabiscos a se mostrar, todos conhecem sua alma, e você é a culpada, pois vive a rabiscar, aquela mulher madura, que mesmo sem bela cintura o poeta a vem amar, e molda entre seus versos, a moça linda e bela, que de gordinha, algum besta a foi chamar, você numa tarde fria, falou de um tema tão triste, mas que nos vem a mostrar! Uma doença malvada machucou aquela moça amada, um seio lhe foi roubar, pena ó minha pobre amiga somos parte de uma intriga, não podemos separar, e se a ti me tirarem, farão um ato covarde, numa vala vão me jogar, sei que perdeste tu os voos, das madrugadas os coloridos, a natureza a mostrar, mas por entre meus rabiscos viajas em pensamentos, algumas damas tu já fizeste a chorar, pena bela e ligeira, és como uma roseira, lindas pétalas a esparramar! Já falei de ti amiga, espero que alguém me diga, poeta! Sem sua pena, nada, nada tu serás
(Zildo de Oliveira Barros) 19/08/14 03h45min