AMOR COMERCIAL:
É fria e úmida a chuva que cai
Madrugada adentro.
E eu a senti la aqui sozinho
Encontro esse poema, meu alento,
Esse poema comercial Ele versa o amor
Fala do amor Ou de amor
Ah! Quem falar do amor seria capaz
Sobre a vidraça em brumas que nos separa
Eu posso exprimir seu rosto,
Meu sonho é comercial!
Porque assim são iguais todos os textos,
Todas as cenas, e todos os temas,
De amor São iguais.
Do amor que se expele que se explicita.
Eterno ( ).
Que como o ódio, e como a libido,
O homem prova para reprovar
E falar de amor é comercial.
Também é comercial,
A criatura que não é do criador.
Deveras minha poesia é comercial.