Havia, em algum lugar, um parque cheio de pinheiros e tílias, e uma velha casa que eu amava.
Pouco importava que ela estivesse distante ou próxima, que não pudesse cercar de calor o meu corpo, nem me abrigar; reduzida apenas a um sonho, bastava que ela existisse para que a minha noite fosse cheia de sua presença.
Eu não era mais um corpo de homem perdido no areal.
Eu me orientava.
Era o menino daquela casa, cheio da lembrança de seus perfumes, cheio da fragrância dos seus vestíbulos, cheio das vozes que a haviam animado.