Poema de aniversário
(23:59) Amanhã o que muda
O que o faz diferente
Não adianta querer o posposto,
nem há graça em contar as desgraças.
Há mais gosto no silêncio disposto
e no sonhar com as próprias asas.
Nenhum ano é igual ao outro,
nenhum outro é tão diferente assim.
O dia forja o velho encontro
entre o que julguei e o que fiz de mim.
Zera o relógio, mas não o tempo
quanto dura o agora
(00:00) Hoje o que mudou
O que o fez diferente
Na frágil eternidade dos momentos felizes,
acha se o fio, faz se a história
Não importa o que trazem as cicatrizes,
tudo agora está claro diante da memória.
Foi se o ontem de ser dois
veio o hoje ser só meu
não sei o que vem depois
tudo é o que se perdeu.