O HOMEM DA CASA CAVERNA
Era um homem de bastantes posses.
Sua família abundava em dinheiros e outros bens.
Estudou; formou se; especializou se até e os proventos monetários começaram a emergir, de tal forma que lhe davam e sobejavam para construir um pequeno palácio encantado, se ele quisesse.
Mas não.
De todos os irmãos que eram, fora o único que nasceu a amar as coisas simples, despojadas de uma vida de ostentação, que reinava e ainda dá cartas.
Descobriu por mero acaso, que tinha uma veia de escrita em prosa e de poeta de vários estilos e começou, paulatinamente, a remeter para o papel, aquilo que os sentimentos lhe ditavam.
Sempre que a vida profissional o permitia, ele escrevinhava e rabiscava e depois já em casa, no seu amado refúgio, muitas das vezes o dia já se espreguiçava e ele sentado numa mesa tosca, dormitando, querendo resistir ao sono que é o inimigo daqueles e daquelas que se não extravasarem emoções, não conseguem respirar
Esse seu modesto refúgio, tipo casa caverna, consistia numa original e bonita moradia construída debaixo da terra mãe e por fora adornada com flores de muitas inspiradoras cores.
Admirável, a forma com que as pessoas simples imaginam o mundo