Amigos são os humanos que estão conosco para o que der e vier, e que percebem que não é com o nada que se cultivam as relações de afetividade.
Amigos são as presenças nos instantes mais importantes e mais frágeis do mundo de um e de outro.
Acarinhar.
Telefonar.
Enviar mensagem.
Aparecer.
Receber.
Amigos são a identificação de emoções e a sua laboração ponderada para que, de forma madura, se possa transmitir o que se espera verdadeiramente, sem zangas, palavras e atos deploráveis.
Amigos são o reencontro de uma empatia forte, quando, mesmo ausentes durante longos períodos de tempo, chegam até nós e os sentimos como se nunca tivessem ido de nós.
É uma emoção que surge de dentro, do coração, da alma, brotando livre e gratuita.
Nem todas as pessoas tocam os nossos sentidos da mesma forma e com a mesma intensidade, pelo que não é idóneo forçar meios laços perdidos no tempo e, entretanto, ressurgidos, se não é assim que o coração demanda.
Amigos são os esforços refletidos na humildade que aceita o tumulto do outro e sabe perdoar, que faz uso da simplicidade da desculpa, e que entende que todos – mas todos – necessitam de alguém que realmente “esteja lá”.
Amigos, enfim, são as pessoas que insistem em nós.
Apesar dos nossos erros.
E com respeito pelas nossas qualidades.