Quis um dia viver em um mundo perfeito, onde sonhos todos fossem passíveis de realização
Mas não pude, às vezes estive a chorar por qualquer tolice que alguém em seu mal dia pôs se a vomitar sobre mim.
Eu achei suficiente, pois ali sozinha e fraca senti me pequena.
Ao contrário do que dizem, não ri disto depois, nem usei como exemplo de massacre.
Eu fiz meu doce inferno, repleto de coisas sagradas, se eu estivesse, por agora, onde já quis estar, pediria para voltar, pois agora percebo.
Este é exatamente o lugar onde deveria estar.
Eu acreditei por um instante em primeira e última chance, mas nunca consegui nada na primeira tentativa.
Quanto mais insisti em querer acertar mais erros cometi, nada me faz melhor ou pior, pois sou o que sou, agrade ou não.
Um velho amigo me ensinou muitas coisas sobre amor e ódio.
Que não importa o quanto você seja bom, um erro destrói todo o frasco.
Se seu histórico for de mentiras, falar a verdade não convencerá futuramente.
Mas ao contrário de muitos não dependo de mais ninguém para ser feliz, quer me destruir, me mate, pois ódio não me atinge e por demais, não me importo.
Quis um dia viver um sonho inventado, fui alimentada e incentivada ao autoflagelo; tive que pesar a dor alheia a minha própria dor e me deixar de lado para ajudar alguém.
Eu queria ter podido conhecer a verdade sobre os fatos sem cair de cara no chão.
Mas agora não importa.
Sonhos e brinquedos frágeis já não estão guardados em caixas.
Eu estive a cuspir os defeitos alheios enquanto meu inimigo estava ali, olho no olho sorrindo e me dizendo “te amo”, há mais que sonhos de porcelana e brinquedos quebrados pelo chão.
Um inimigo me ensinou muitas coisas sobre amor e ódio, não importa quão grande seja a dor que você sente, você apenas pensa na dor daqueles que ama.
