Sempre que me sinto sozinho e percebo a tristeza sorrateira querendo chegar, crio imediatamente uma viagem imaginária.
Passeio por campos floridos salpicados pelo orvalho da madrugada, que os primeiros raios solares começam a derreter, formando lindas imagens que me encantam pela singularidade e por saber que ficarão retidas somente em meus olhos, pois nunca mais se repetirão.
Essa foi só uma das inúmeras viagens que precisei inventar.
Às vezes dá certo, porém se uma lágrima ainda insistir em brotar terá a companhia das inesquecíveis gotas de orvalho deslizando e acariciando o lindo campo florido, que nasceu de um sonho e que jamais morrerá.
Luiz Machado