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Amanda Lemos

Você, na melhor das hipóteses, também chegará lá
" Ser jovem é saber envelhecer."
Juca Chaves
A expectativa de vida do brasileiro está em crescimento e o envelhecimento da população é um reflexo desse aumento.
Ou seja, as pessoas estão vivendo mais do que viviam antes.
Prova disso é a participação dos idosos com 75 anos ou mais no total da população – em 1991, eles eram 2,4 milhões (1,6%), hoje, representam uma parcela de cerca de 10,5 % da população total do país, segundo o IBGE.
Envelhecer é um processo natural que caracteriza uma etapa da vida do homem e dá se por mudanças físicas, psicológicas e sociais que acometem de forma particular cada indivíduo com sobrevida prolongada.
Tendo em vista esses fatores, é de extrema importância a manutenção da boa qualidade de vida a pessoa idosa, sobretudo, o idoso dependente e o idoso fragilizado, camada da população que constitui no Brasil o grupo mais marginalizado e excluído dentro do universo das pessoas da terceira idade.
O idoso possui direito à liberdade, à dignidade, à integridade, à educação, à saúde, a um meio ambiente de qualidade, entre outros direitos fundamentais (individuais, sociais, difusos e coletivos), cabendo ao Estado, à Sociedade e à família a responsabilidade pela proteção e garantia desses direitos.
Até a atual Constituição não existia nenhum dispositivo tratando dos direitos dos idosos, no entanto, a Constituição de 1988 já se refere ao idoso, garantindo o seu amparo.
Um exemplo disso é a Política Nacional do Idoso (PNI) que estabelece direitos sociais, garantia da autonomia, integração e participação dos idosos na sociedade, como instrumento de direito próprio de cidadania.
Outro exemplo trata se do Estatuto do Idoso, regido por lei e sancionado em 1 de outubro de 2003.
O estatuto define medidas de proteção às pessoas com idade igual ou superior aos 60 anos e ampara a pessoa idosa na medida em que zela pelo cumprimento dos seus direitos.
As políticas públicas governamentais têm procurado implementar modalidades de atendimento aos idosos tais como os Centros de Convivência – espaço destinado à prática de atividade física, cultural, educativa, social e de lazer, como forma de estimular sua participação no contexto social que se está inserido.
Todavia, há ainda muito que se fazer, sobretudo, no que tange a previdência social brasileira que, ainda é falha e por vezes dificulta o processo de aposentadoria da pessoa idosa.
A vida é um ciclo natural, portanto o envelhecimento faz parte do grandioso processo que é a existência humana.
Envelhecer com saúde, qualidade de vida, tranqüilidade e felicidade é meta de qualquer indivíduo e para que isso se concretize fazem se necessárias ações coletivas dos cidadãos juntamente com eficazes políticas de governo que ampare e proteja quem um dia já esteve na “flor da idade”.