Você ama, começa a amar uma pessoa como se não houvesse amanhã.
De certa forma como um refém, um pássaro preso numa gaiola.
Passa a depender de alguém, um sorriso, um bom dia, a música agradável que chega até si.
Passa a ver o mundo de outra forma como se seu pequeno mundinho agora significasse muito.
O Sol parece belo, o vento traz vida e os olhos enxergam o que não deveriam ver.
Mas em algum momento a pessoa some, e você na inocência, acha que aquilo é passageiro e que a nuvem sairá da frente do Sol, mas não.
Tudo continua sombrio, as nuvens são densas e indiferentes.
Ótimo.
Acabou.
Só é preciso de um pouco de tempo, pois você acredita que o Sol irá brilhar novamente.
E então o Sol reaparece, talvez depois de alguns dias, semanas, meses ou anos.
Os raios são belos e você sabe que ainda está vivo, mas dai olha para si, olha para si mesmo e aprende, aprende que agora você é apenas um pássaro aprisionado que possui suas penas queimadas.
Uma dor que não irá passar, nem com o tempo, nem com nada, pois uma cicatriz nunca desaparece, sempre estará ali para relembrá lo da dor que um dia alguém semeou no seu coração.