Chega um momento na vida, que será preciso seguir em frente com pouca bagagem.
Parar de sentir falta dos outros e torna se de vez uma saudade.
Caminhar sem olhar para trás, acreditando mais em si, dando valor aos seus próprios ideais.
E por mais que a gente tente teimar, querendo manter no presente o que deve ficar no passado, a mente é a primeira a pesar e o corpo vai ficando cada vez mais exausto.
É o dia que refletimos de medo na frente do espelho, enquanto a insegurança aperta ao lado esquerdo do peito.
Mas logo em seguida, a coragem dá partida, e seguimos adiante entre tantas vindas e idas.
E assim, percebemos que certos acontecimentos deram certos até onde tinham que dar, que nem tudo é como queremos e o que se foi não pode mais voltar.
Será estranho caminhar com poucas pessoas em volta, deixando de lado certas lembranças e algumas memórias.
Como se fossemos reprogramados para começar do zero, onde só se é possível se aproximar de tudo que estiver por perto.
E o que tava longe tem que ser esquecido, seja um amor, familiares ou amigos.
Parece que os ponteiros não permitem mais perda de tempo, fazendo com que as inutilidades de nossas vidas caiam no esquecimento.
É dia de adianto, onde atrasos não são mais permitidos.
Embora nos antecipe algumas dores, o sentimento no fim é de alivio.
A leveza nos abraça, assim como a autoconfiança nos trata com toda a sua graça, dizendo que o amor próprio nos visitou e decidiu fazer morada.
