Trajetória
Em uma esquina dessas da vida, deparei me
Com a lembrança, o fato e o porvir sentados
Em um banco da praça dos acontecimentos.
A lembrança com seu saudosismo,
Dizia que se fosse o presente, viveria de outra forma,
Viveria sabiamente todas as oportunidades
Que lhe bateram à porta.
Viveria aquele grande amor que escorreu por
Entre os dedos do coração
Por se submeter
Às ordens adversas e interesses de outrem.
O fato, pensativo, dizia não conseguir
Desvencilhar de certos alvitres e correr
Para o abraço do futuro, admite ainda sofrer
Por aquele amor que lhe causou feridas
Por aquelas oportunidades que foram desperdiçadas.
O porvir, vendo a forte ligação entre o passado
E o presente interveio;
O que passou Passou; nada se altera,
Não se pode sentir no presente algo já vivido, não é
Inteligente bitolar se em um passado.
Faça desse passado um livro, e vez ou outra folheie
As páginas mais interessantes que te fizeram
Crescer.
Não permita que certos traumas te impeçam
De viver
Não permita que coisas passadas interfiram
No seu dia,
Viva intensamente a sua presença a cada manhã
E também não se iluda com futuro
Não deposite todos os seus sonhos em longo prazo
Faça com que seus sonhos sejam diários
Não espere previsão à longa distancia.
A vida tem seu curso
E é urgente a necessidade de ser feliz, e o tempo minha gente
O tempo não para.