Cansada, latente, arrogante e pouco vistaDor de garganta sempre no final da dançaMastigo meu odeio com rancor latente no coraçãoConstrangimento, míope, cega, como queira chamarTenho pressa que regressa no meu paladar a dorQue batendo se mistura ao cansaço, visto faladoQue se torna em mim uma montanha de elevador.
Falta menina desgosto não sou perigoso nem sei machucarMeu coração é de osso, de ferro sem gosto só sabe chorarSe me deixar sentirei grandes saudades daquele luarMas de certo sem te eu não vivo, mas sinto remorso de me acompanharFalta não corra, me espere ainda não posso voltarVoltar seria um castigo sem hora precisa nem outro lugar.
A minha falta e sem nexo, ordinária sem sentido.A falta de um amor perdido, amor antigoFalta do errado, falta de algo meio complicado.Falta de uma nova vida, da vida.A falta de amores platônicosdo medo do engano, a minha falta é ordinária.Não tem nome, não tem vida, ainda a ser titulada.
Seguindo eu mesma, sendo eu mesma, sendo de mais pra mimPor que ando parando com essas, esses, se assim posso dizer seres que são meus vizinhosDonos, ladrões, vespas, sangue sugas, que sugam, sugam algo inabitável dentro de mimEu mesma!
A perda às vezes me faz bemAssim aprendo a não depender de ninguém.Tchau você! Até outra paixão.
Rabisquei a vida, estraguei o desenho que havia traçadoCheio de cores, vidas, amores, dores, bonitas doresAcabei mudando os traços, modificando a cor, a volta, a partidaMe perdi em meio a tanta rasura, da minha vida da suaTentei apagar procurando um novo eu, um outro, um seuMas agora me esquece quem sou, e se sou, quem sou Me desperdicei em cores, amores, me rasureiPosso estar me afundando, mas nada me tira esse remorso.Esse esboço que não sou eu.
A falta de espaço, me deixa inconscienteEncapas de me reconhecer, mesmo quando sei quem souMesmo quando sei, que sou apenas issoQue sou apenas algo que ainda não lhe sei dizerTalvez saiba, mas não a sentido em falarE as vezes por isso sinto que não a sentido em amar.