Tira a corda do pescoço, guarda esse banquinho
Se a vida é madrasta, não queiras ser padrinho
Está difícil em todo lado, quase para toda gente
Sair do mundo enforcado não é conveniente
Problemas e dificuldades fazem parte disto aqui
Se pensas que calamidades só acontecem a si
Há quem não tem nada e sorri mesmo assim
Sem cama, sem almofada, sem prata e sem marfim.
Ar e Água, Abrigo e Alimento
E o próprio Agasalho, somam os cinco elementos
Que o ser humano, precisa para viver
O resto é mundano e sobrevives sem ter.
Não se sabe o que há ao certo depois da morte, talvez o fim, talvez o recomeço ou o sono profundo, então só por precaução todos desejam acordar a respirar.
Um doente mental, um humano sem abrigo e sem prespectiva de nada, e até mesmo o padre que diz acreditar em uma vida depois da morte, olha para os dois lados da estrada antes de atravessar, não há nenhuma verdade no fim do dia, só especulações.
Há pessoas neste momento que estão deitadas de costas na cama gelada do hospital com um tubo de soro com agulha na ponta espetada na veia, a olharem para o tecto com os olhos molhados de lágrimas com esperança de um dia saírem vivos de lá, por mais que seja mais uma hora, mais um minuto de vida.
Isso faz me pensar profundamente naqueles jovens que tem a vida a correr pelas veias que divorciam se dela com uma corda no pescoço por motivos muito fúteis.
Um filósofo de rua um dia disse me que nós só precisamos de cinco coisas para viver, e todas iniciam com a letra «A», que são: Ar para respirar, Água para hidratar, Abrigo para se refugiar, Alimento para se manter em pé e Agasalho para se aquecer.
Se analisares bem, ele tem razão, tudo fora desta pequena lista não é tão útil qunato parece, podemos viver sem as ter.
Se calhar acrescente eu a esta lista: Amor e Amizade.
Findando a verborreia: Aos que pensam em cometer suicídio por estarem a sentir uma dor profunda, lembrem se que a dor da morte é para quem fica, e por mais que te sintas para baixo, há sempre quem está na pior.