Beatriz Lopes

Muitas vezes aceitamos amores fragmentados para suprir nossa carência.
É bom por um tempo, mas acaba e deixa tristeza em seu lugar.
Apego.

Me divirto em noites superficiais, invento amores patéticos, para esconder o grito que existe no meu peito.

As lágrimas caem, e percebo que estou perdida nesse mundo de milhares de olhos e nenhuma alma.

Dois olhos negros,
devorando me como alimento de teu ser.
Dois olhos negros,
compenetrando minha alma, como um capturador dela.
Dois olhos negros,
captando meus movimentos num flash !!! Como uma filmagem paisagista.
Dois olhos negros,
a me torturar com sua furia e rebeldia ao me observar
Dois olhos negros,
tão perto e tão longe,
tão calmo e tão voraz,
Dois olhos negros,
a me fascinar, a me destruir, a me hipnotizar, e a me assassinar lentamente

Deixa esse orgulho e mostra a tua cara, revela esse segredo que insiste em te assombrar
Reprime esse desejo contido no teu corpo, e ousa fingir que tudo vai melhorar
Faça cena, viva cena, encare a cena desse personagem que você faz para se manter de pé.
Tenha fé, mova fé em si, não em UM SER qualquer.
"Sinta amor, viva a dor, respire amor, morra com a dor."
Olhe o presente, esqueça o passado, não pense no futuro, pode tudo dar errado.
Não tenha medo de ser o quer, coloque seus pés no mundo e navegue nesse convés.

Definitivamente o orgulho é o pior conselheiro, ele te faz tomar decisões impensadas, te deixa na posição de vítima e tira qualquer possibilidade de ajuda que algum outro sentimento possa te dar, e quando optamos por dar razão a ele sempre aprendemos da pior maneira