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eu

18/11/13 Me permita derramar alguns litros de sentimentalismo barato nessas páginas jamais impressas, para que eu possa imprimir um pouco do frio que me habita e da ponta do lençol aguada que o sol não evaporou.O silêncio do passado é o silêncio do presente.É o silêncio que nunca terminou porque palavras não exprimem silêncios e eu não sei fazer arte.Só a arte talvez exprimisse essa angústia.
Os dedos que aqui debatem sobre as teclas são débeis e não produzem nada senão consolo.A escrita é o espaço de libertação onde pretendo me refugiar.Se me aprisiono no meu refúgio, permaneço segura.Que se dane a sensatez! Foi assim que você me conheceu: segura,em passeios retilíneos por calçadas planas.E agora Onde estou
Em um sonho seu Que mundinho hiperbólico e imaturo! Imatura eu que não reconheci a estrutura ficcional do nosso ''amor eterno''.Fútil e sem dons artísticos,não pude ler nas suas palmas as marcas visíveis de um futuro distante,não puder decifrar que as feridas das cordas musicais nos separavam drasticamente.São outras minhas feridas.Minhas marcas de ócio e de culpa que não podem gerar qualquer som harmonioso.Não é permitido para essa natureza mundana muito além do som de quebrar de vidros e ranger de portas.Intimamente,me atormenta o latejar desse meu encéfalo .É quando o coração emerge até a superfície do corpo e prejudica o funcionamento adequado do sistema cerebral.
Amor da minha vida, até quando Talvez de uma vida passada ou futura.Você é do mundo da música; eu, do barulho.Como pude acreditar em sacrifícios se não valia o material da sua palheta
Me perdoe,Anielle,e perdoe a si mesma pela ingenuidade e pela burrice dos seus raciocínios.Agora só resta dar a paz a ele.Não sei se vai reconhecê la,o que me aflige.Mas, dessa vez, não poderei parar porque é grande a carga do caminhão que me persegue e preciso ir em frente; planamente,retilíneo.
Não sei se você não reconhece essa melancolia que se apossou de mim ultimamente ou se apenas a ignora.Ficarei aguada até quando Até mais Até nunca mais.