Quanto mais leio, mais me convenço de que sei muito pouco; que o meu saber é uma gota d’água no oceano do conhecimento universal.
Quanto mais vivo, mais admiro a arrogância de certos jovens, que mal sabem de onde vieram e para onde vão, e outros de qualquer idade, cuja verborragia ostentatória, pedante, superficial e acusatória sem causa confundem com saber.
Falam como se fossem os mestres de seus próprios mestres e de todo o universo.
Também é exasperante a arrogância militante dos neófitos que agem como discípulos de livros (seja sagrado ou não), como papagaios a repetirem slogans e verdades de dois lados, para que se escolham um, configurando um discurso ideológico auto suficiente, auto defensivo e tipicamente religioso, mas nada filosófico.
Apesar de tudo, tento compreendê los e ser paciente.
Afinal: “Homo sum, humani nihil a me alienum puto” (Sou homem, nada do que é humano me é estranho).