e as Ondas
Era noite.
O alto mar se enfurecia
Para o barco veloz que à morte avança,
Não restava uma simples esperança
De incólume rever a luz do dia
Entre as brumas, porém, da noite fria
Aparece uma sombra, calma e mansa
Era um fantasma – Não! – era a bonança
Que em Jesus, como bênção, se anuncia.
Inda hoje o mar do mundo se encapela;
E, no barco da vida, já sem vela,
Não nos resta sequer uma ilusão
Mas – Senhor! – sobre as ondas revoltadas,
Volta a trazer às almas torturadas
O consolo da tua salvação!