A cidade não é apenas um espaço físico mas uma forja de relações.
É o centro de um tempo onde se fabricam e refabricam as identidades próprias.
Não são ruas, não são casas, Não são comércios e parques.
O que revejo é um tempo, o que escuto é a fala desse tempo.
Um dialeto chamado memória, numa nação chamada infância.
Carl Cox dizia que a "Música eletrônica não é uma válvula de escape.
É a plena cultura do século XXI".
Talvez a cultura de uma inquietação acelerada.
Vapor, Industrial, Eletrônica, Mecanicista Sequencial, ritmada, por vezes alternativa.
Ao fundo, tocando o inconsciente, uma melodia da sentido aos altos Bpm's cardiacos (Pitch).
E agora com a internet, tudo é perto e tudo é rápido.
Poucas horas para muitas atividades.
Operamos nas faixas dos 120 aos 170 bpm's ou mais, um ritmo acelerado imposto pelo mundo moderno que aumenta gradativamente conforme a aplicação de uma "força" que faz crer que, se aplicarmos essa força por um tempo muito longo, esse corpo poderá ser facilmente condicionado a atingir qualquer velocidade desejada.
Contudo, há um limite de velocidade na natureza, no universo também há limite de velocidade.
Nenhum corpo com massa é capaz de viajar mais rápido que a luz.
Assim sendo a velocidade da luz é um limite que nos impõe a condição de prisioneiros neste planeta!
E nesse sistema
Talvez seja nossa sina
A sensação dos dias de poucas horas e percepção temporal
"Se tempo é dinheiro, rico é quem tem tempo".
Faltam parâmetros para entender o salto de visão que temos que dar, pois os últimos séculos nos tornaram um tanto onipotentes, como se fôssemos uma espécie artificial, facilmente programáveis e fortemente dependentes de acúmulos, agora, tecnológicos.
Tecnologias estas, que, estão pacientemente elucidando o conceito de "realidade fabricada".
Acarretando em uma série de adultos vivendo como crianças castradas/repressão da CRIATIVIDADE, do AMOR, e da base ÉTICA do indivíduo.
Parece que vivemos tempos em que o cadáver é que é o produto final.
Nós somos apenas a matéria prima.
Human After All