Camila Ribeiro Dias

Dia desses uma amiga minha tinha acabado de terminar o namoro e me veio com a seguinte reflexão: Às vezes eu fico pensando Será que eu vou morrer sozinha
  Depois de morrer de rir com a cara de choro dela me fitando, lembrei que ela tinha apenas 17 anos e ameacei bater na cara dela caso chorasse outra vez.
Para acalmar contei a história de uma professora que guardo comigo e compartilho sempre que possível:
Era noiva e estava prestes a fazer o vestibular para comunicação quando faltavam poucas semanas para o casamento e ele soltou a pérola: "Se casar comigo, não vou deixar você trabalhar! ".
Ela não acreditou no que seus ouvidos tinham acabado de ouvir.
Como Logo ela que depois de todo esforço de bolsista em uma escola, sempre sonhou com a vida profissional e ter esse sonho impedido Foram muitas tentativas, mas nenhum dos dois arregou da decisão e acabaram seguindo caminhos diferentes.
Ela fez letras, seguiu carreira acadêmica, casou, teve filhos, ficou viúva e em um certo dia recebe um telefonema.
No celular sua amiga dizia que sua ex sogra por quem tinha muito apreço estava muito mal de saúde.
Lá foi ela, dias e dias visitando essa senhora, quando no quinto dia alguém abre a porta e de repente ela se sente como se tivesse 18 anos de novo.
Com o coração acelerado foram tomar um café e pasmem! Ele também ficou viúvo! Desde então estão juntos de novo, ela o primeiro amor e é uma nova integrante: A cachorra.
Por fim ela sempre pondera: Por mais que o meu primeiro marido tenha sido importante na minha vida, tendo sido o pai dos meus filhos, agora eu entendo o que é amor de verdade, e talvez se nós tivéssemos ficado juntos lá no começo não teríamos a maturidade que temos hoje.
O amor é assim, "Maktub" se tiver que acontecer vai acontecer.
Qualquer coisa que custe sua paz é muito cara.
Como diz Bauman, virá "Ab nihilo", a partir do nada.

Estou procurando a sua maturidade Aquela que eu sempre admirei e de repente sumiu.
Talvez eu deva voltar a ser fria, ao tempo que respondia mal, afinal, era bem mais fácil.
Eu não me esforçava para que as coisas entre nós não dessem errado.
Sustentar nossos laços tem sido uma labuta, eu cometi um crime que desconheço e nem sei pelo o quê devo pedir desculpas.
É difícil lidar com você, é impossível resolver um problema sem conhecer.
Frieza é algo que nos aflige, é um passado íntimo para mim e uma realidade falsa para você, é uma pena que eu lhe conheça de verdade.
Sei o quanto você é sensível, quase uma taça de vidro, delicado e frágil ostentando uma imagem de soberania que em poucas palavras podem se transformar em cacos.
Você me entristeceu, se foi sem aviso prévio, me abandonou sem justificativa, com seus motivos de mistério.
Deixou me vulnerável, sem o seu sorriso, sem os seus cuidados.
Espero que não demore, eu sou paciente mas não sou idiota.
E que não seja tarde, que não venha atrás quando eu bater a porta.
Não quero perdê lo de vista.
Preciso de você.
Sinto sua falta.
Não saia da minha vida.

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você, sua brutalidade combina com meu coração de gelo que em todo esse tempo tentaram derreter.
Então você chegou, pegou um martelo, quebrou em pedaços e ainda por cima me convidou para tomar whisky com aquele sorriso de criança que apronta.
Teu olhar era ataque, tua palavra era defesa.
Mãos que me invadiam de tal forma que ainda me questiono como pude sair ilesa.
Horas de conversa, risada e silêncio misturado.
Entre as frases fases de várias etapas, da vida que eu estou começando e da sua já formada.
Talvez esse seja o grande diferencial da história a qual estamos protagonizando: As virtudes geram admiração, mas o verdadeiro encantamento que nos mantém ligados acima dos medos inconfessados se dá pelos vícios.
Sentados nessa mesa, esperando o café que acabou de ser torrado, estamos sob os olhares dos fiscais de vida alheia.
Pobres mortais! Hipócritas e niilistas o suficiente para limitarem a visão na cronologia da situação.
Mal sabem eles que logo nós que odíamos carnaval, fazemos uma micareta entre quatro paredes.
Afinal, de perto quem é normal

Briga, separa, quebra a cara e volta ao ponto que você jurou ser final.
Nada mal não negar seu mal por alguns instantes, mas a maldade está no fato do seu mal não ser constante.
Meu coração é tão positivista que não se aplica a propriedade comutativa.
Não adianta tentar repor o amor que faltou.
É viável a nós a filosofia dos trilhos do trem, milimetricamente separados e mesmo quando formos afetados pelo calor que causamos ao outro, sejamos racionais o suficiente para voltara a separação.
Trate de tirar esses olhos dos meus, é covardia me prender assim.
Por uma questão de amor próprio, eu preciso ir.
É dolorosa a via de ignora lo, mas a longo prazo o fardo chega até ser leve se comparado ao de negar a minha razão.
Estou aprendendo que em relação a você é saudável dizer NÃO.