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Paula Monteiro

Não!
Não carrego trauma, mágoa ,ódio, rancor
Meu coração é muito bobo e puro
para absorver tudo isso.
Sou como o beija flor
que por ventanias e vendavais já voou
Mas que na travessia da vida
uma flor multicor sempre beijou.
Sou muito distraída
para maldades alheias
e palavras passageiras assimilar.
Amo a liberdade
e a calmaria é o meu lugar.
Sabe
Sou aquele coração menino
bem risonho, moleque e traquino
Que só anseia a felicidade respirar
no carrossel dos sonhos flutuar
no céu da inocência poder brincar
na imensidão das nuvens poder velejar
Eu não quero saber de concorrência,
de status, de glamour, de viver de aparências
De ser melhor do que ninguém
Porque sei que não sou!
Ah! Eu só quero a Paz
pulsando por entre minhas veias
E que ela me domine
me leve n'algum lugar
em eu possa sentar no vento
e conversar silente
com Deus
com os passarinhos
com os anjos
com as borboletas
com o arco íris, com o alento
Eu venho e moro neste lugar!
Meu melhor momento
É quando fecho os olhos
e converso com minh'alma calmamente
Sem que nada
e ninguém venham me atordoar.
Não quero nada deste mundo Nada!
Tudo de mais lindo que já vi
Foi um colibri fazendo festa
e sorrindo pra mim!
Minha certeza e maior felicidade
È saber que não me encanto
por nenhum tipo de vaidade.
Ah! Como Amo a Simplicidade!
Sempre desenho in meus olhos
mantos de paraísos com a cor do luzir
E sobretudo
tendo um Deus lindo e puro
de amor e de humildade a me vizir .
Mesmo sabendo que lá fora o mundo geme,
grita à procura do que perece e atordoa.
Não! Não estou aqui a toa!
Minha virtude e plenitude
não mora aqui neste lugar chamado
de mundo aparente.
O meu mundo é um poema
vestido de girassóis
com crianças num jardim brincando
velhos a sabedoria me ensinando
animais o amor uns aos outros respirando
um pássaro num céu azulzinho bailando
um carrossel de girassóis in meu cabelo ventilando
um silencio ao sol poente na varanda suspirando
O meu mundo é bem distante disso tudo
e somente Eu é posso me dar
o direito de o abraçar .
É recanto de pardais, joaninhas e borboletas .
E é lá que anseio minh'alma E ternizar!