"Podemos ouvir a música de Mozart com inveja, mágoa, até tristeza, porque ela é para nós uma pausa salutar no tumulto de nossa vida interior, porque ela nos oferece uma imagem consoladora, uma esperança.
Mas sabemos, ao ouvi la, que esses sons que nos apaziguam nos chagam de um época diferente, de um tempo passado que, no fundo, nada mais tem em comum conosco.
Luta de sons, equilíbrio perdido, "princípios" alterados, rufar inopinado de tambores, grandes indagações, aspirações sem objetivo visível, impulsos aparentemente incoerentes, cadeias desfeitas, vínculos quebrados, reatados num só, contrastes e contradições, eis o que é a nossa Harmonia."