Os seres humanos podem ansiar pela certeza absoluta; podem aspirar a alcançá la; podem fingir, como fazem os partidários de certas religiões, que a atingiram.
Mas a história da ciência de longe o mais bem sucedido conhecimento acessível aos humanos ensina que o máximo que podemos esperar é um aperfeiçoamento sucessivo de nosso entendimento, um aprendizado por meio de nossos erros, uma abordagem assintótica do Universo, mas com a condição de que a certeza absoluta sempre nos escapará.
Estaremos sempre atolados no erro.
O máximo que cada geração pode esperar é reduzir um pouco as margens dele e ampliar o corpo de dados a que elas se aplicam.
A margem de erro é uma auto avaliação visível e disseminada da confiabilidade de nosso conhecimento.
[Carl Sagan em: O mundo assombrado pelos demônios, capítulo 3 Ciência e Esperança]