Não sei quem eu quero enganar com essa coisa de “esconde isso, faz de conta que nada está acontecendo, que vai passar”.
Não passa, não acha, só encaixa.
Parece que eu me perco quando você chega.
Me perco em mim mesma, nos meus pensamentos, nos meus sentimentos, na minha falha fuga.
Fico sem graça e só consigo sorrir, o sorriso que fala por mim.
É aquele olhar perdido que dura mais do que devia.
É o virar de cabeça rápido quando nosso olhar vai se cruzar.
E todas aquelas outras coisas clichês que fazem a gente perder a razão e ficar bobo.
Essa história de perder a razão é intrigante.
Juro que quando acontece comigo é terrível.
O mundo está acontecendo todo na sua frente e a sua cabeça, de repente, tem uma crise de independência e resolve decidir as coisas sozinhas te levando pra outro mundo que só existe dentro da sua cabeça.
Na verdade, nem é tão ruim assim, eu adoro o que encontro lá.
Mas a cara que a gente fica pra quem está vivendo o mundo real deve ser tipo cara de princesa da Disney esperando o príncipe encantado.
Gosto da sua cara quando você perde a razão assim.
Você fica pensativo, realmente em outro mundo, um mundo que só existe dentro de você.
Dá pra ver que você se perde ou se encontra nos seus pensamentos.
Dá pra ver profundeza em você.
Gosto de gente profunda.
Gosto de gente que esconde mistério.
Gosto de gente que esconde mundos particulares.
Gosto de gente que cria suas próprias regras.
Gosto de gente que sorri.
Gosto de gente que não aceita imposição.
Gosto de gente com olhar fundo.
Gosto de gente que admira a lua.
Gosto de gente que tem um além.
Acho que é por isso que gosto tanto de você.