BREVE DIÁLOGO ENTE MIM E O POETA FERNANDO PESSOA:
Eu Como vai, Sr.
Pessoa
Ele Triste
Eu Então, porquê
Ele Esqueceram se hoje de me trazer o habitual o copito tinto, das 5 da tarde.
Eu Que pena, morarmos tão longe, em tanta coisa
Ele (silêncio prolongado e mudo)
Eu Uma pergunta que lhe ando à tempos para fazer
Ele Diga, não faça cerimónia.
Eu Dizem que os poetas, pensadores outros e outras das letras, são só isso, ou também são alienados
Ele (continuou o silêncio, como se falasse só com os olhos.
Depois, responde, titubeando e em "delirium tremens" (DT) por falta do maldito álcool, vomita e diz) Olhe, quando vier cá abaixo, à chamada terra dos mouros, que também andaram aí pelo mais norte de Portugal, eu terei todo o prazer em responder lhe, olhos nos olhos, sentados nesta mesa, tá bem
Eu Tá bem, amigo!
E rematei: BOA NOITE POETA MAIOR, BOA NOITE AMIGOS, NOMEADAMENTE AOS QUE SOFREM NO CORPO E NO ESPÍRITO UM VÍRUS QUE NO ANTIGAMENTE ERA QUASE MORTO À NASCENÇA