Acordo e estou triste, mas não deprimida, apenas decepcionada e percebo as pessoas próximas se movimentando no domingo de manhã.
Estão "passando" um café cheiroso, alguém me diz para sentar e comer o sanduiche, vejo aquele de forno, com o queijo em cima e pão sem bordas.
Eu me vi tão feliz com o café tão simples, só pelo motivo de alguém ter se lembrado de como eu gostava do pão assado, na minha infância, sem as casquinhas, eu as tirava e começaca a comer o sanduiche pelo recheio, a bordas ficavam intactas.
Eu fingi que não havia me emocionado com esse café igual ao de antigamente e comecei a comer logo, veio a lembrança do sabor amanteigado da assadeira em baixo do pão .
Foi o bastante para aceitar que eu não tenho o poder de mudar o que não cabe a mim e sim dar tempo ao Senhor dele, pois as melhores memórias que ja vivi e volto a reviver, não partem de mim, são expontâneas e tem o momento certo para transformar minha vida.
Por causa dessa manifestação de carinho, fui me vestir com uma roupa bonita, precisava mostrar que essas pessoas valiam a pena, ao fazer do meu dia o mais feliz.
Não mudei por obrigação de retribuir, ninguém me pediu nada, mas eu senti um impulso de despertar do desgosto em que perdi o sono, aprendi que ele não iria me ajudar, mas sim me depreciar cada vez mais e meu tempo é valioso, não posso o desperdiçar com tristeza.
Portanto, amanhã será outro dia, mas um gesto carinhoso hoje foi capaz de adoçar uma manhã amarga.
E se uma chuva de sentimentos bons acontecesse todos os dias na vida das pessoas, o que não transformaria