Nunca soube lidar com perdas, sempre fui muito dependente das pessoas que eu amava, e isso não era bom, não é.
As vezes é como se nada fosse real, as pessoas, os sentimentos, nada além de um nada.
Lembro me de quando não sofria por ninguém, as amizades eram sinceras, e não me lembro de ter gostado de algum menininho da minha classe, lembro que alguém gostava de mim, mas eu era apenas uma criança.
E hoje, as coisas são tão difíceis, tão complicadas, as pessoas são tão mais ruins, talvez já fossem assim, mas minha inocência não me permetia sofrer por isso Eramos tão mais alegres, tão mais cheios de esperanças, e hoje restou a ilusão, a decepção, as mágoas, tudo o que é de mais ruim.
Não me lembro direito da última vez em que sorri de verdade, da felicidade injenua, daos olhos brilhando, da dor na barriga de tanto dar risadas.
Lembro me de quando fui morar com o meu pai, pessoa tão maravilhosa, mas que se deixo influenciar e foi embora, ou talvez não me quisesse alí, e me deixou.
Não sinto tanta falta, acho que não sinto nada, só poderia ter sido diferente, ele poderia se orgulhar de mim, ele teria presenciado os meus primeiros passos, mas não, nunca deu importância, se fez algo por mim, foi por medo ou obrigação, mas não guardo mágoas
Eu sofri tantas vezes, chorei tantas vezes, sempre calada, para não me expor ao rídiculo, talvez achasse isso, hoje não, mas ninguém se importou com isso, ninguém percebia, ninguém me ajudava em nada, tive que aprender tudo sozinha, o certo e o errado, o bom e o ruim.
Não.
tive uma mãe presente, sempre fui sozinha, e acho que isso me fez ser forte, ram externamente.
Lembro me agora, a última vez que sorri, que me senti feliz, foi quando pude estar perto de quem gosto, foi uma noite incrível sempre me lembro desse dia quando estou triste.
Têm dias em que eu simplesmente queria sumir, sair um pouco de mim.
Sempre achei isso possível.
Mas a verdade é que fugir ou se esconder não irá ajudar em nada