Exatamente, disse a raposa.
Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro.
Serás pra mim o único no mundo.
E eu serei para ti a única no mundo
Mas a raposa voltou a sua idéia:
Minha vida é monótona.
E por isso eu me aborreço um pouco.
Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol.
Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros.
Os outros me fazem entrar debaixo da terra.
O teu me chamará para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo Eu não como pão.
O trigo para mim é inútil.
Os campos de trigo não me lembram coisa alguma.
E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro.
E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado.
O trigo que é dourado fará lembrar me de ti.
E eu amarei o barulho do vento do trigo
A raposa então calou se e considerou muito tempo o príncipe:
Por favor, cativa me! disse ela.