[ ] As sociedades são constituídas de heróis anônimos, que não estão sob os holofotes da mídia.
Entre esses anônimos se encontram deprimidos, que apesar de abatidos pela cálida dor, enfrentam com dignidade seu inverno emocional; os ansiosos, que, solapados pela inquietação, sonham com dias tranqüilos; os portadores de câncer, que, como guerreiros, lutam pela vida e fazem cada dia um momento eterno; os pais, que esgotam seu corpo e sua mente para sustentar e educar os filhos; os professores, que, com salários magros e sem aplausos sociais, movem o mundo ao ensinar a seus alunos o pensamento crítico; os alunos, que, como frágeis Quixotes, creem que poderão mudar a história sem ter noção de que vivem em um sistema social engessado e pouco generoso ás novas idéias; os trabalhadores de escritórios e empresas, que não são notados e não ser quando causam escândalos, mas que têm histórias borbulhantes.
Todos eles são de alguma forma vendedores de sonhos, embora também vendam pesadelos.
[ ]
(Parte retirada do livro O Vendedor de Sonhos – E a revolução dos anônimos)