“Maria Pinguinha”
Sorriso grandão.
De amor maior.
Assim, enxergava a garotinha.
Braço que virara barra de ferro,
Onde os meninos penduravam.
Na madrugada limpava a piscina.
Sempre rodeado pelos sapos, que coaxavam.
No frio e sem camisa,
Mostrava seu barrigão.
Se ela demonstrasse tristeza,
Ouvia: “olhos de jabuticaba, toma aqui meu coração”.
Frente à sua casa,
Vendia materiais de construção.
Infelizmente, aqui não mora mais.
Pois, Papai do Céu precisava de um anjo da alegria.
É que agora bateu uma saudade do “Ozilão Pingão”.
Seu tio, que carinhosamente a chamava de “Maria Pinguinha”.