O nosso tipo pode ser como somos, como agimos e como pensamos, ou seja, uma identificação muito semelhante a nós, mas o nosso tipo pode também ser, inexplicavelmente, exatamente o contrário do que nós somos e, mesmo assim, ser quem nos completa, sem obedecer àquela regra de que tem que se identificar com o nosso jeito de ser.
Mas uma coisa é curta e certa, o nosso tipo é, sem explicação alguma, combinando ou não com o nosso modo, aquele que nos faz plenamente felizes, que faz de tudo para nos fazer sorrir porque não consegue nos ver triste, que é aquele relaxado, mas que sabe compensar muito bem no carinho, atenção e no cuidado que nos oferece, que deixa a barba por fazer, mas compensa no perfume que adoramos, que chega atrasado, mas compensa nos enchendo de beijos com um jeitinho meigo explicando, da forma mais sincera, porque se atrasou, enfim, aquele que não é perfeito, mas que, na sua imperfeição, tão humana, nos completa a ponto de nos transbordar de alegria e felicidade.
E essas imperfeições existentes em todos não tira do Amor o seu mérito, é realmente tudo válido se não há nenhum prejuízo verdadeiro para ninguém.
Às vezes, quem parece ser perfeito para a nossa metade não tem realmente nada a ver conosco.
Quando vamos ver, até combina em algumas coisas, em poucas coisas, as menos importantes e nas maiores, as que realmente contam, consegue ser, com precisão, completamente o nosso oposto e o que parecia ser, com precisão, o nosso oposto, é exatamente o que nos completa e faz feliz.
O Amor é tão perfeito de um jeito que consegue ser assim, sem explicação e nos fazer tão felizes na sua imprecisão perfeita.