Não quero muito
Quero apenas a Simplicidade de Deus
florescendo Paz em meus dias.
Sentar naquele cantinho de sossego
Nem lembrar se existe vaidade,
maldade e falsos apegos
Conversar serena com minhas plantas
meus silêncios e os meus bichinhos
Naquela casinha bem humilde, sem luxo,
sem muitos enfeites, mas bem modesta
Sentir o vento adentrando leve
na janela da minh'alma como orquestra.
Um cheirinho de café na velha chaleira
um repouso quieto debaixo da trepadeira
uma brisa no rosto ventilando da videira
uma visão das nuvens naquela antiga cadeira
Um canto bem quentinho
um abraço de carinho do vizinho
um remanso pousando no meu ninho
um pássaro no céu bem azulzinho
um cheirinho de mato molhado naquele friozinho
uma saudade fresca no teto do pensamento
um sonho voando nas mãos do vento
um anjo repousando in meu alento
uma paz de Deus eternizando o vasto momento
Não quero muito
Quero apenas viver o resto dos meus dias
Com humildade, simplicidade e muita calmaria.
É lá que hoje me vejo