Vivo sem pensar em uma vaga no céu.
Talvez por isso Deus não tenha me esquecido.
Certeza que não esqueceu.
Quando nasci, grande, forte, roliço, segundo minha mãe, me quebraram a clavícula do lado direito.
Deve ter doído um bocado.
O hospital de Santo Antônio em Maceió, nunca tinha visto tamanha cerimônia.
Eram quatro quilos e meio de esperança e nenhum fio de cabelo.
Testa espaçosa, orelhas miudas e olhos assustados.
Nasceu Jeno Oliveira, quer queiram, quer não.
Quem não haveria de querer Talvez os mosquitos, que não suporto e os mato quando tenho sorte.
Coisa chata é mosquito no pé do ouvido da gente.
A vida é isso, uns assopram, outros mordem, outros desmerecem.
Um cidadão as vezes deixa de ser um, sobretudo, quando é um.
Basta lhe ser um.
Nossas virtudes, aprendi com o tempo, nos castigam muito mais que nossos defeitos.