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Fernandha Franklin

DEUS
Compreendo tão pouco embora observo muito.
Sei que há algo maior, uma razão um ser, uma força que realiza o que chamam de "inexplicável".
Sem compreender muito, e sem querer estar certa Gosto de crer na primazia do amor divino, e que o amor é de fato sua matéria prima.
Gosto de crer que sendo Deus o próprio amor, ele não tem religião, e crendo nisso percebo o quão mais fácil é, aceitar meus semelhantes do jeito que eles são.
Falar em Deus é sempre uma assunto delicado, eu sei! Afinal cada qual defende o "seu", e muitos são extremistas na defesa, e tentam mudar outras crenças a força.
Essa busca pela "fé" certa e pelo "Deus verdadeiro"; muitas vezes é a causadora dos atritos e desavenças entre quem não tem auto controle de suas próprias emoções.
Isso me faz lembrar de um texto que diz "que somos a imagem e semelhança de Deus" e que considero absurdamente coerente; uma vez que se eu for alguém que sabe respeitar, então o meu Deus será de respeito.
Se eu amo verdadeiramente meu próximo, o meu Deus será o amor.
Se eu não julgo para não ser injusta, então o meu Deus será de justiça.
Se eu sou paciente, meu Deus também será.
Todos os valores que tenho e pratico em minha vida serão sempre reflexo da minha fé, dos meus valores e automaticamente também serão as qualidades do Deus que eu acredito.
Não precisamos concordar com as crenças e nem com o Deus que o outro crê, mas devemos respeitá las afinal se nem mesmo formos capazes de respeitar a fé do nosso semelhante (por mais que seja diferente da nossa), então nosso deus será a "hipocrisia".

Carta de um índio
(Fernandha Franklin)
Nós vivíamos em um lugar incrível.
Éramos amigos íntimos da natureza e as únicas riquezas que nos interessavam eram as essenciais para se viver: comida, água e um bom convívio.
Não sabíamos que existiam riquezas além disso, e se existiam essas não nos interessavam.
Nosso único investimento era no fortalecimento do elo que tínhamos com a mãe Terra.
A energia com o planeta é que nos elevava.
Tínhamos nossos costumes, rituais e nossa nudez nunca forá um tabu, ou motivo para vergonha.
Foi então, que chegou um povo diferente, que colocou roupa na gente, e nos ensinou a entender sua língua.
Pois para que acreditássemos em suas mentiras precisariamos entender suas palavras.
Prometeram nos mostrar o que havia de melhor fora da aldeia (fora de nós) e que também poderíamos ser "homens civilizados".
Nos falaram que seus mundos eram muito melhores, e que de onde vinham, a vida era encantada.
Eu acreditei! Até porque, foram eles que me ensinaram no que acreditar.
Eles mentiram!
E foi então que fez sentido as vestes que usavam: era uma forma de esconderem um pouco da mentira que eram.
Troquei tudo o que eu tinha e toda paz da mata por um quarto velho numa cidade poluída, que agredia meus olhos e ouvidos, e que o homem civilizado, insistia em dizer que fazia parte do meu futuro.
Eu, índio "selvagem".
Ele, homem "civilizado".
Muitos de meu povo, ainda tentam se manter na pureza e nos valores daqueles dias mas até lá, o homem levou tecnologia, e esse entretenimento impede meu povo de pensar, como pensavam nos antigos dias.
Eu, índio, triste estou!
Não somente pelo meu povo, mas por todo povo que o homem enganou.
O conhecimento que diziam, era pura hipocrisia
E toda lembrança da vida do índio, foi substituída por este único dia.
Hoje! 19deabrildiadoíndio