Eu era Deus sobre a pele do teu pescoço,
mas logo veio a tempestade do tempo,
jogando sobre nossos ombros fardos de momentos
nos quais não existia um "nos", então sem perceber,
parei de perseguir teu cheio pelas ruas,
não habitavas mais em mim; como um salão vazio,
eu não voltei a amar, aborreço me fácil,
vou embora muitas vezes e nem um adeus dei,
foram tantas meninas de 20 e tantos anos assim
Cavalos se deitam quando muito cansados,
fugas sem fim em pastos verdes longínquos daqui,
o vento na crina os mantem apaixonados,
meu amor, a quanto tempo o nosso vento parou de soprar
Eu só desejo ir embora, então deixe me ir,
rufar os tambores do meu peito,
e contar pra mim que não te odeio mais,
saber verdades não ditas, e assim sorrir e acenar,
nisso me manter meu, por um meio egoísta.
pois ja sabemos, há amor em todo lugar,
menos aqui, menos entre nos!