Se tivesse de eleger o meu Deus, glorificaria a música em minha adoração.
Capaz de realizar milagres quando é simplesmente sentida.
De uma redenção bem vista nos semblantes, já desde recente entrega.
Tem poder sensível que não exclui, bastando viver.
A vejo isenta de referências, liberta de qualquer causa, vasta de infinitude.
Nem som, nem beleza, nem o comunicante peso das palavras.
É mais.
A vejo como co habitante da alma onde a nós faz ecoar o infinito dentro, elevando a imaginação.
O que justifica a existência desde sempre.
Liga os universos todos e os seus mundos sem qualquer tempo.
A vejo como a legítima intuição.
A complexidade acessível como porta aberta para um labirinto vivo.
E concebe a vida como sendo das suas últimas novidades.
Está em tudo, mesmo no silêncio e no vazio.
Mesmo nunca a sabendo.