É um fato
Um dia resolvi trabalhar.
Tinha 22 anos.
E Deus me ofereceu de presente a APAE.
Foi neste ambiente que percebi a importância da vida.
O sol que eu via todas as manhãs a caminho de casa já não era o mesmo.
E cá com os meus botões na mente apertando um e outro pensava.
O que é que eu estou fazendo aqui
Alguns detalhes eu anotei, outros eu deletei.
Eu tinha ao meu lado seis almas.
Uma delas era o eixo.
A outra se aquecia no meu ventre.
As outras começo a descrevê las agora personagens desse conto.
Dara era uma dama como insinua seu nome, tinha o cabelo cacheado com uma leveza jogado no ombro esbelta Epilética .
Laura tem a pele morena, cabelos negros, olhos negros como a noite sem movimentos nas pernas e a mente ambulante, cadeirante.
Simone um sorriso constante no rosto a marca da paralisia na mente e no braço.
Marcelo um menino de um metro e oitenta, cabelo liso jogado ao vento e as unhas sempre ao relento quando eu perguntava porque estavam sujas suas unhas, ele logo se escondia no olhar falando minha vó não tem mais essa habilidade e nem eu.
Eu fazia o papel da avó e ele ia embora feliz.
Depois de algum tempo estiveram comigo
O Elvis que não falava, mas me olhava intensamente eram só sinais muitos gestos.
A Adrieli sem o olhar nem sinais nem gestos, só vozes.
E tive vivendo ao lado bem não era bem ao lado ele estava na minha lista nominal, e não frequentava meu cotidiano entre aspas.
A educadora dele mendigava orientações junto a mim para supri lo nas suas necessidades em casa, na casa dele, ele tem o direito não tem poros a alma respira o corpo não.
Em tempo dependentes químicos, gays, lésbicas vem caminhando ao meu lado.
Não vejo diferença São seres humanos.
Tem suas necessidades
É Só um fato.
Quero conta lo sempre.