Lembra quando todos eram mais felizes, sorriam por qualquer motivo e as coisas mais importantes eram ver o riso de uma criança, o pôr do sol, um grande amor e a paz de um domingo Que será que fizemos para apagar o riso, porque será que as cores ficaram mais pálidas O que fizemos contra nós mesmos para esquecermos de caminhar na chuva e espiar ninhos de passarinhos Morreu a fantasia, morreu a criança que vivia dentro de nós Deixamos tudo isso acontecer e nem nos apercebemos.
Gastamos nosso tempo na televisão, no telefone, na Internet e deixamos para trás a nossa alma, as horas de papo com os amigos, o passeio de mãos dadas e o cafezinho no boteco Queria te convidar a sonhar.
Não, não é para mais um sonho do que se vai comprar, adquirir e se entupir.
Sonhar infantilmente, por nos olhos a candura pueril, os lábios quase falando a ânsia da alegria, navegar na fantasia! Vá correr sem medo e, em todo o desapego, igual correr na estrada com poeira sem pensar na sujeira, brincar com o sentimento, ser novamente num momento apenas garoto, maroto, arteiro e eterno.
Pois não há inverno para quem corre no sol, não há inferno para quem tem nos olhos o brilho de um farol.
Nunca haverá paz em qualquer rincão do universo se dentro de nós, frutos da criação, ela não habitar antes.