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Anônimo

Foi num dezembro frio e de muita neve.
Aliás, neve perfeita para andar de trenó.
Por isso, mãe e filha se dirigiram morro acima.O morro estava cheio de gente.
A Sra.
Silvermann e a filha de onze anos acharam um espaço perto de um homem alto e magro e de seu filho de 3 anos.O garoto já estava deitado de barriga para baixo, esperando para ser empurrado.– Vamos lá, papai! Vamos lá! O homem deu um forte empurrão no trenó e lá se foi o menino.
Mas não foi apenas o garoto que voou – o pai saiu correndo atrás dele a toda velocidade.– Ele deve estar com medo que seu filho se choque contra alguém – pensou a jornalista.E ela mesma com a filha desceu o morro, em grande velocidade, a neve solta voando nos seus rostos.O retorno até o alto do morro era uma longa caminhada.
Enquanto ambas subiam com vagar, puxando o trenó, a Sra.
Silvermann observou que o homem magro estava empurrando seu filho, que ainda se encontrava no trenó, de volta ao topo.– Isso é que é um paizão – falou a menina.
Será que você, mamãe, faria o mesmo por mim – Nem pensar, foi a resposta.
Continue andando.Quando elas chegaram no topo do morro, o garotinho já estava pronto para brincar novamente e gritava feliz:– Vai, vai, vai, papai! Outra vez o pai reuniu todas as suas energias para dar um grande empurrão no trenó, correu atrás dele morro abaixo e então puxou o trenó e o menino de volta para cima.Assim foi por mais de uma hora.
A Sra.
Silvermann estava intrigada.
Não era possível que aquele homem achasse que seu filho fosse bater em alguém.
Mesmo sendo pequeno, ao menos na subida ele poderia puxar o trenó uma vez.
Mas o homem parecia não se cansar.
Ria, jovial e continuava no seu afazer.Ela então lhe disse:– Você tem uma tremenda energia, hein O homem olhou para ela e sorriu, apontando para o filho.– Ele tem paralisia cerebral, disse de forma natural.
Ele não pode andar.A jornalista entendeu, naquele momento, porque somente então se deu conta que não havia visto o menino descer do trenó durante todo o tempo que estiveram no morro.
Entretanto, tudo parecia tão alegre, tão normal, que a ela não ocorrera, por um minuto sequer, que o menino poderia ser deficiente.Ainda que não soubesse o nome do homem, ela contou a história em sua coluna no jornal na semana seguinte.
Pouco tempo depois, ela recebeu uma carta que dizia assim:“Cara Sra.
Silverman, a energia que gastei, no morro, naquele dia, não é nada comparada ao que o meu filho faz todos os dias.
Para mim, ele é um verdadeiro herói e algum dia espero ser metade do homem que ele já setornou.” E a sua energia como anda Esta difícil fazer aquela caminhada Não desista assim tão facilmente, você vai se sentir muito melhormais alegre e feliz